terça-feira, 13 de setembro de 2011

O sonho da metamorfose

Quando tratamos com “extensão”, estamos falando de quebrar as barreiras, de derrubarmos os muros que existem entre nós e o nosso alvo. Uma vez que tomamos a decisão de nos estendermos - seja para onde for- saímos da nossa zona de conforto em busca de novas descobertas. A extensão é, sem dúvidas, uma caixinha de surpresas.

Acreditamos que nesse mundo, tudo é mutável, inclusive o ser humano. Quando nos deparamos com crianças na fase de formação de seu senso crítico, recebendo uma enxurrada de informações de diversos tipos e de diversas maneiras, entendemos que poderíamos contribuir. Sonhamos que era possível transformá-los; desejamos ver neles a metamorfose social que crianças carentes (carentes não só de bens materiais, mas também de afeto e atenção) têm o direito de passar.

É uma utopia achar que determinado grupo de pessoas irá mudar a realidade social de um grande lugar. No entanto, é covardia ver crianças que precisam da sua contribuição e não o fazer. É por isso que oferecemos o nosso melhor, a nossa comunicação, para que possamos fazer com que a metamorfose comece. O que fazemos é apenas uma parte daquilo que deveria ser feito de fato. Não mudaremos o mundo, sem dúvidas, mas estamos fazendo a nossa parte; começamos essa trilha.

Ao colaborar com as mudanças dos outros, acabamos nos modificando também. É impossível contribuir para tal processo e sair ileso dele; mas só ganhamos com isso. Talvez queiramos ser como Raul Seixas disse um dia: “Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”. Hoje, colaborando para que essa metamorfose social aconteça, acredito que ainda não temos condições para realizá-la com sucesso; mas amanhã talvez eu possa mudar de ideia. O que hoje é sonho, amanhã pode ser realidade.

Por: Luana Marttina
Escola Municipal Francisco de Melo

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