segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Inocência

Ver a inocência das crianças alegra-me Faz-me acreditar no futuro Em seres humanos melhores Vez em quando a criança que existe em mim Vem para fora Embriaga meu jeito de ser Simplicidade de ser gente simples Toma conta de mim Torço para que as crianças de agora Vigorem nos adultos do futuro Só assim o mundo será melhor A cada gesto nascido da inocência Da vontade de fazer prevalecer Simplicidade há de ser a resposta Que o mundo tanta procura. de Ibeane Campos Moreira



Por Bruna Albuquerque
Escola Estadual Francisco Mello

Ser criança é...

Vivenciar cada momento, cada emoção como se fosse a última.
Saber sorrir mesmo quando a brinacadeira acaba.
Ter em mente um futuro perfeito, cheio de amor e carinho.
Poder ter a capacidade de enxergar a bondade e alegria acima de qualquer sentimento.
Sorrir para o colega ao lado mesmo depois de uma briga sem motivos.
Desejar acordar no dia seguinte, ir e vir da escola e brincar ao resto do dia.
À espera por aquele presente tão desejado o ano inteiro.
Ter o direito de nascer, crescer. brincar, estudar e ser amado por sua família.
Ter o dever de cumprir com suas responsabilidades como criança e respeitar os mais velhos.
Chorar depois de um tombo e se levantar logo em seguida voltar a brincar.
Não ter a maldade de gente grande no coração.
Dançar músicas em público sem sentido e falar coisas sem muito nexo.
Sentir-se o máximo ao receber um elogio por fazer algo certo.
Poder viajar, passear e dormir até tarde quando se estar em férias.
Ficar banguelo(a) quando se tem em média sete anos de idade.
É poder comer guloseimas sem a preocupação de vier a engordar.
Achar que qulaquer doença ou problema com nome esquisito está assemelhado ao Bicho Papão.
Fingir uma dor de barriga momentânea para matar um dia de aula.
Curar gripe comendo doces.
E por fim, ser criança é ter a dignidade de ser verdadeiro, ser alheio as adversidades do mundo, sorrir ao ínves de chorar, e acreditar em um mundo melhor, em que Papai Noel traz presentes no fim do ano e acreditar que só o amor é capaz de tudo.

Por Emanuele Santos do Amor Divino
Escola Estadual Selma Bandeira
Ser Criança
de Gilberto dos Reis

"Ser criança é acreditar que tudo é possível.

É ser inesquecivelmente feliz com muito pouco

É se tornar gigante diante de gigantescos pequenos obstáculos

Ser criança é fazer amigos antes mesmo de saber o nome deles.

É conseguir perdoar muito mais fácil do que brigar.

Ser criança é ter o dia mais feliz da vida, todos os dias.

Ser criança é o que a gente nunca deveria deixar de ser."


Ao trabalhar com crianças você meio que se abre para outro mundo, um mundo do qual você já fez parte e adorava. É muito difícil você perguntar a uma pessoa se ela quer voltar a ser criança e ela dar uma resposta negativa, todos querem deixar suas preocupações, seus problemas e voltar a viver sem pensar em nada. Lidar com crianças é algo muito bom, elas nos ensinam muito, mesmo sem perceber.

Conviver com as crianças que fazem parte do Programa Metamorfose Social é uma experiência indescritível, sentir a alegria de cada uma ao chegarmos à escola é algo acalentador, inexplicável. É muito bom sabermos que eles gostam da nossa presença e que de algum modo vamos fazer parte de forma positiva da experiência de vida deles.

Ao lidar com eles você começa a se perguntar o que é ser criança, e começa a criar conceitos, querendo assim decifrar cada um. Segundo os meus conceitos ser criança é simplesmente o máximo, é o momento onde podemos viver e só viver, sem pensar no amanhã, sem pensar no que virá.

Quando criança você sabe desfrutar o máximo de cada momento, não se deixa levar pelo medo, pela insegurança, é um período onde você se sente tão forte quanto um super herói, e por isso tende a fazer tudo e um pouquinho mais, porque sabe que ninguém terá coragem de lhe deter, é uma fase onde os problemas não existem, onde o único dever é brincar, se divertir e aproveitar.

Por Mônica Santana
Escola Estadual Elma Marques Curti

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Comunique-se...


Comunicação vai muito além de falar ou ouvir, ela significa compreender, se colocar no lugar. Ela representa viver em conjunto, dividir valores, trocar experiências... tentar expor seu mundo e seu ponto de vista através de uma câmera, um texto ou um discurso, transformar expectativas em algo palpável... lapidar os desejos e falar mais do que aquilo que se pensa, mas também aquilo que se sente... é conhecer o mundo do outro de forma colorida e leve... é interagir com outras formas de pensar, agir,comer, falar e sentir... é estar perto daquilo que muitos não enxergam.

Está inerente a nós a capacidade de se comunicar, mas, é só com o passar do tempo que nós acumulamos experiência suficiente para desfrutar de tais ferramentas. A comunicação oral ou gestual... aquela que se fala ou se escreve...aquela que só com um olhar já acontece... a comunicação do seu corpo!

Falar e ouvir faz parte desse processo. O emissor e o receptor podem também ser vistos como aqueles que tentam chegar a um consenso! Esse processo vai muito além de algo mecânico, lhe está subentendido a busca por uma compreensão mútua entre valores ou opiniões distintas. A comunicação acontece para amenizar as diferenças, para fazê-las semelhantes e possibilitar a relação saudável entres amigos, parentes, vizinhos e toda uma sociedade.

Por Pollyana Chicuta
Escola Municipal Frei Damião

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Exclusão social

Se sentir oprimido, excluído, isolado do mundo. Antes o que era “rotulado” como preconceito, hoje recebe o nome de bulling, o que também não deixa de ser uma forma de preconceito. O bulling não escolhe faixa de idade, cor, religião, e quem o recebe pode levar consigo toda amargura de momentos dolorosos para o resto da vida.

Quando crianças, somos levados a crer que para ser aceito na sociedade é preciso ser branco, que gordo não pode fazer certas coisas, quem é bonito pode tudo. A criança tem toda a inocência, nasce sem vínculos taxativos da sociedade, não escolhe com quem vai brincar, ela apenas faz suas primeiras escolhas sem apontar a quem e o porquê.

Mas, a forma de se receber bulling não fica apenas no ato de ser rejeitado, a agressão verbal e física também entram em questão. Quantos jovens são apontados, humilhados, lixados pelo fato de serem diferentes e quantos mais vão entrar para essa lista? Desde quando a expressão bulling se popularizou, o rótulo “homofobia” o vem acompanhando.

Certo dia, dois jovens que saiam de uma boate foram agredidos por serem suspeitos de ser um casal gay. Outro rapaz foi surrado com uma lâmpada fluorescente sem maiores motivos. E o mais assustador, o caso de pai e filho que estavam andando abraçados na rua foram indagados se seriam um casal, os mesmos responderam que não, porém os agressores voltaram e começaram as sessões de agressões físicas e verbais. Então, um pai não pode mais abraçar um filho na rua? Ser negro, mulher, analfabeto, deficiente físico, nordestino, homossexual é símbolo de vergonha para os demais da sociedade que se dizem perfeitos? A diversidade das escolhas, gostos e dizeres estão liberadas, viver com quem e como se gosta.

E mesmo com as autoridades fazendo leis para informar que toda forma de preconceito é crime, eles não morrem por si só, aí eles estão, em toda parte, contido dentro de cada um de nós. Resta-nos a boa educação, tornamo-nos civilizados, ter respeito pela opção e diferença do próximo afim de assim garantir o nosso respeito, e não se oprimir diante de qualquer situação vexaminosa, se impor e mostrar a verdade, fazer valer o livre arbítrio.

Por Emanuele Santos do Amor Divino
Escola Municipal Selma Bandeira

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Extensão com Amor


A extensão é um processo educativo, cultural e científico que articula o ensino e a pesquisa de forma indissociável e viabiliza a reação transformadora entre a universidade e a sociedade, ou seja, ela parte do pressuposto de que o conhecimento gerado nas instituições de pesquisa não deve apenas servir como formação aos alunos das instituições, mas que deve produzir uma transformação na realidade social.

Essa é a definição teórica do que é extensão e está correta. Mas, para nós que participamos dessa ação, ela parece um tanto incompleta. Isso acontece porque ao explicá-la queremos transmitir exatamente o que se passa em nossa cabeça quando entramos em contato com a comunidade, queremos que as pessoas sintam o que sentimos ao trabalhar/brincar com as crianças. E isso é impossível. Quem não passou por essa experiência não poderia entender de maneira plena o que É extensão. É um pouco perigoso porque a percepção que adquirimos de que somos privilegiados por sentir e entender de maneira cabal, nos envaidece. Não nos envaidece o fato de irmos à comunidade e trabalharmos com as crianças, mas o fato de que nós participamos de algo que realmente fez e ainda fará diferença na vida delas.

Paciência e amor são termos que definitivamente têm que estar associados à extensão. Porque ela não é tão “simples” como a pura pesquisa, ela envolve muitos outros fatores como emoção, personalidade, humor, ansiedade, convivência, cooperação, tristeza, introspecção, ou seja, lida com pessoas que estão suscetíveis a qualquer uma dessas manifestações. Por isso aqueles que se propõe a participar de um programa de extensão, têm que entregar além do tempo e do corpo, a alma e o coração.

Está sendo, apesar dos contratempos que são inevitáveis, uma experiência surpreendente. A proposta do programa me chamou a atenção e eu entrei inicialmente apenas como colaboradora, hoje eu percebi que tomei a decisão certa, se eu tivesse escolhido outra opção, teria perdido muito.

Por Keren Lima
Escola Municipal Frei Damião

Novos Passos

A oficina de Stop Motion que estamos ministrando com nossos alunos está sendo uma forma de capacitá-los para as produções de vídeos sob a forma de brincadeira. Hoje, continuamos a construir as maquetes que começamos sexta feira passada. Todos estão participando e se divertindo com a idéia de dar movimento aos brinquedos.

Vinícius

Enquanto toda a turma se entreteria com a construção dos cenários, chamamos o Vinícius – o aluno mais agitado da turma – e entregamos a ele uma filmadora Hand Cam. Com alguns conceitos básicos de funcionamento da câmera deixamos que o garoto filmasse o que quisesse e sugerimos inclusive que entrevistasse seus colegas sobre o que estavam produzindo. O garoto filmou algumas coisas interessantes e não ficou restrita a sua sala de aula, mas a toda a escola. Após a experiência de Vinícius, alguns alunos pediram para filmar e se divertiram com a filmadora.

Luiz André

A melhor surpresa dessa tarde foi ver o quanto o aluno Luiz André se envolveu com o trabalho. O garoto é o mais problemático da turma, nunca quis participar de uma atividade, é comunicativo e está sempre mexendo e ouvindo música no seu celular. Mas hoje ele estava irreconhecível – eu creio que na verdade não o conhecíamos direito – entrou em um grupo e liderou sua equipe de criação.

Até então nós não sabíamos bem que função dar ao garoto para as produções audiovisuais. Conversamos em nossas reuniões que já que ele gosta tanto de música iríamos pedir para ele sugerir a trilha sonora do filme, mas hoje vimos que ele tem muito mais para oferecer ao projeto.

O Filme

Ainda é difícil visualizar como ficará o filme final, pois as idéias surgem em suas cabeças na velocidade da luz e na mesma velocidade se esvaem para a entrada de outras. Pelo caráter de novidade eles ainda tratam o projeto de maneira muito “afobada”. Mas com a entrada do mês de novembro daremos início à filmagem (no nosso caso à fotografia) da primeira parte dos filmes e eles já poderão visualizar melhor o objetivo do projeto.

Por Mayra Costa
Escola Estadual Aquilina Bulhões

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Sentimentos mais humanos

Olá! Esta é a primeira postagem que faço no blog, o que me deixou ansiosa e em dúvida sobre o que escrever. Pensei em falar das nossas visitas, dos sorrisos que vemos nos rostos das crianças com as quais trabalhamos, a sempre tão agradável recepção que a escola nos dá, o olhar encantado da professora ao ver seus pupilos aprendendo algo novo e ao qual provavelmente jamais teriam acesso... Pensei em escrever sobre as horas que passamos quebrando a cabeça tentando elaborar atividades bacanas e criativas, sobre o clima tão feliz e expectante que acontece na van da UFAL quando estamos indo pra escola... Pensei até em falar das vezes que quase me perdi no “Biu”. Porém, depois de pensar em todas essas possibilidades, decidi por escrever sobre algo diferente.

Decidi escrever sobre a minha concepção sobre trabalhos sociais. Acho bonito, justo, humano ajudar ao próximo. Mas odeio como as pessoas geralmente encaram este tipo de trabalho. Parece sempre que quem ajuda é melhor, é superior. E não é assim. Parece também que quem recebe ajuda tem sempre que olhar pra gente com um olhar de gratidão eterna, tem que se colocar a baixo.

Odeio os sentimentos que geralmente permeiam os corações de quem participa de trabalhos como esse, de um lado orgulho, prepotência, satisfação, pena... Do outro, vergonha, humilhação, admiração, gratidão... Odeio o espaço que os trabalhos sociais deixam para que nos olhemos de patamares diferentes. Odeio o olhar de cima pra baixo. Odeio a expressão “Bichinhos!”.

Odeio quando as pessoas vão fazer trabalhamos como este por si mesmos, pra se sentirem melhores com suas consciências, ou simplesmente porque estão recebendo para isto, não que não seja justo receber, mas há de ter amor, doação e escolha. Há de ter AÇÃO.

Um projeto que se chama METAMORFOSE Social... METAMORFOSE... Mudança, modificação, mutação, transformação... Tem que mudar muito mais do que só aqueles que recebem. Tem que mudar principalmente aqueles que dão. Somente livres de concepções preconceituosas e superficiais há de se compreender o verdadeiro sentido: O desejo por transformação. A transformação daquelas crianças, a transformação daquelas escolas, a transformação do futuro... A transformAÇÃO! A Ação pelo outro!

Por Déborah de Moraes
Escola Municipal Elma Marques Curti

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Metamorfose Social

Faz pouco tempo que integrei a equipe do “Metamorfose”, mas esses últimos dias tenho vivido belas experiências, que têm me rendido muitos momentos de reflexão. A princípio, logo que cheguei a escola, foi muito difícil me deparar com aquela situação de extrema simplicidade que se encontrava o colégio, foi um “choque” e o que mais me impressionou foi o fato de eu sempre ter estudado em escola pública, então eu achava que conhecia a fundo (por ter vivenciado) o problema da educação pública no país; e tudo o que eu achava que sabia “caiu por terra”; o problema é maior do que pensei , as dificuldades são mais extensas do que imaginava. Nessa experiência eu percebi e quero destacar que a educação pública de Alagoas está muito fragilizada, estávamos numa classe cheia de alunos que estudavam apenas com uma professora que não consegue passar de forma apropriada o conteúdo para os meninos, assim como os meninos não conseguem absorver muitas das atividades que são passadas em sala de aula, tem alunos com idade avançada para a série que estão cursando (quinto ano) crianças que ainda tem dificuldade em ler e escrever, como pude observar em algumas -- lembrando que não estamos falando de uma escola do sertão ou do interior de Alagoas, o colégio se encontra na capital; aqui, na nossa frente, na frente das autoridades alagoanas que parecem se esconder ou fechar os olhos para a triste realidade da educação de nossos pequenos; é por isso que não fica difícil compreender o grande número de violência , analfabetismo e pobreza em nosso estado, se a educação vai mal toda a sociedade também vai mal.

Mas entrando em contato com as crianças, que são muitas e também muito animadas, eu percebi que pra mim e para toda a equipe do “Metamorfose” estar ali é ter a responsabilidade de levar aquelas aquelas crianças, que não tem motivação de vida e nem incentivo, motivações para que realizem seus sonhos e corram atrás dos seus objetivos; isso foi o que mais me deixou triste, eu percebi, ao conversar com algumas delas que elas não recebem incentivo da família, dos amigos, nem da escola. São crianças que vivem uma realidade difícil e que precisam entender que nem por isso elas são incapazes, ao contrário, elas são mais capacitadas do que qualquer um, porque vivem quebrando obstáculos -- que são muitos.

Essa experiência não proporcionou nem me proporciona só momentos de tristeza ou reflexão. Estar com as crianças me deixa muito emocionada, porque cada uma é especial e tem muito a oferecer e eu sei que as coisas podem mudar a partir do momento que elas se darem conta disso, são donas de uma beleza incomparável, beleza que eu vi em cada “Tia, você vai voltar?”, no sorriso provocado pelas brincadeiras, pelo olhar pequeno e desconfiado, como são belas! E como precisam ser olhadas com um olhar especial e é isso que o “Metamorfose” tem nos permitido olhar essas crianças com carinho, paciência e amor. Como são belas! E como tenho aprendido com elas...

Por Rosiane Martins
Escola Estadual Francisco Mello

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Sociedade Alternativa Raul Seixas

"Viva a sociedade alternativa.
A lei forte. Essa é a nossa lei.
Alegria do mundo.
Fazer o que tu queres.
Há de ser tudo da lei.
Todo homem e toda mulher
é uma estrela.
Não existe Deus
Senão o próprio homem.
O homem tem o direito
de viver pela sua própria lei.
De viver da maneira como ele quiser.
De trabalhar como ele quiser.
De brincar como ele quiser.
De descansar como ele quiser.
De morrer como ele quiser.
O homem tem o direito
de comer o que ele quiser.
De beber, de fumar,
O que ele quiser.
O homem tem o direito de morrer
da maneira que ele quiser.
O homem tem o direito
de pensar o que ele quiser.
De falar o que ele quiser,
de escrever o que ele quiser,
de desenhar, pintar, esculpir,
gravar, moldar, construir e destruir.
O homem tem o direito de amar
como e com quem ele quiser.
O amor é a lei.
O amor sobre a vontade."
(Texto extraído do DVD "Baú do Raul", na música "Sociedade Alternativa", interpretada pelo Nazi)

Por Emanuele Divino
Escola Municipal Selma Bandeira

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Relatos de uma contagiante “BOAS-VINDAS”


No final do mês de setembro recebi o convite para participar da continuação do programa Metamorfose. E aceitei com o intuito de realizar um trabalho tão satisfatório e humano como definia a maioria dos outros participantes do projeto.

Meu primeiro encontro com os pequenos ocorreu terça-feira passada (04/10/2011), a princípio fui recebida com um BOM DIA TIA NATHÁLIA! Dando-me um animo a mais com a alegria e carinho que me deram. A turma era enorme em torno de 47 alunos, pareciam ser bem agitada e dinâmica. Deram-nos a atenção ao decorrer da historinha do rádio e todos participaram de um exercício que aplicamos ao assunto que passamos.

O mais gratificante foram os abraços e agradecimentos das crianças que já perguntavam pelo próximo encontro e nas dinâmicas e com um maior interesse em participar do projeto. É encantador o trabalho, ensinamos e passamos a aprender com eles. O que leva a gostar mais ainda de ter entrado no projeto.

Esperando para chegar terça-feira e encontrar novamente todos os meus pequenos.

Dia das crianças, o mês todinho destinado a elas e eu (uma eterna criança kkk)que recebo esse presente.

Beijos a todos,

Por Nathália Calazans
Escola Municipal Frei Damião

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Sorriso, criança

“Oh que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais

Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras,
A sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais”

(Trecho do poema “Meus oito anos” de Casimiro de Abreu)

Mês de outubro é tido como o mês das crianças. Nele, parece que todo aquele sentimento adormecido pelo tempo se desperta em nós, os novos adultos.

Ainda lembro minha infância, a época cujo minha maior responsabilidade era escolher a próxima brincadeira. Muitos dizem que a melhor época da vida é justamente essa. É não se preocupar com chefe, com as conta a pagar, ou qualquer outra parte do mundo “chato” dos adultos.

Preocupamo-nos tanto com tanta coisa que esquecemos o que realmente importa. Ser criança é sorrir e dizer a verdade, não importa a quem vai agradar.

Dizem que quando uma criança sorri, um mundo novo se abre. De fato, quando chegamos para trabalhar com as crianças do programa, por mais problemas que tenhamos, parece que tudo se transforma.

Ganhar o sorriso de uma criança é ganhar um presente. Sou grata por poder sentir tamanha felicidade ao desempenhar meu trabalho.

Por Mayara Wasty
Escola Municipal Elma Marques Curti

terça-feira, 11 de outubro de 2011

A parte do todo

E olha que não é qualquer parte.

É a parte essencial e principal para que o projeto aconteça e cumpra seu objetivo. 

Sabe, tenho que confessar uma coisa que é quase um segredo íntimo: elas me conquistaram. Os sorrisos sinceros são refletidos nos olhos que brilham como se vissem vários presentes.

E de fato, o que levamos são presentes. Presentes que enriquecem, acrescentam e carregam algum conhecimento para os que poucas chances têm de crescer.

Elas são interessadas e participativas. Na verdade e em resumo, as crianças são lindas.

E então paro e reflito o quanto esse momento é importante para mim e para minha equipe. O quanto a gente aprende e como é bom ver uma troca de sabedoria mútua.

Quando entro na sala e sinto aquele ar de alegria, sou tomada pela mesma energia e me vejo onde eu sempre quis estar e fazendo o que sempre quis fazer. Foi com a extensão que eu realmente descobri o significado do ‘social’ que acompanha a ‘comunicação’.

Itamara de Almeida
Escola Estadual Francisco Mello

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Ética e Espectacularização da Notícia

A Ética é sempre um tema recorrente nas discussões que envolvem a mídia. Podemos dizer que não existe um jornalismo, cem por cento, ético. Infelizmente, não há um senso crítico, que faça com que as programações e a informação tenham um caráter ético. Sendo assim censuradas e banidas devido à pressão da população, porém, em contrapartida, também é a própria população que consome esse tipo de produto da mídia com um senso crítico embotado, que por vezes se manifesta pela superficialidade.

O Código de Ética dos Jornalistas é desrespeitado todos os dias em nosso país, pela grande parte dos programas exibidos, onde ridicularizam as pessoas e não tendo respeito à imagem do outro. Diferentemente dos Direitos Humanos que diz que todos nós somos iguais, independente, de raça, cor, sexo, etc.

E cadê a Ética, será que ela existe? Ter acesso as informações é uma necessidade social, devido ao sentido de viver em sociedade e estar em contato com as pessoas, noticias, fatos. Sabemos que para produzir um programa não é fácil. Ás vezes, a preocupação está focada em chamar a atenção do público não bastando, apenas, apresentar a informação.

A notícia é banalizada, é espectacularizada, é quase um terrorismo. Visando o sucesso, porém, não podemos permitir que as emissoras de televisão façam jogo baixo para aumentar seus faturamentos, focando somente o lucro. Cadê o profissionalismo?

A Ética do jornalismo tem o foco de dar a informação sem interferências maiores do jornalista ou da empresa, dar a notícia, usando as práticas legais, isso chama jornalismo. Mas com o passar dos tempos, surgiu a uma nova metodologia jornalística, que confunde a essência real a que se propõe o jornalismo. Esta dá espaço à busca desenfreada de audiência, atropelando os índices básicos e noções de respeito, caráter, ética e qualidade, midiática, tornando-se um jornalismo chulo, fora do seu original.

Com esse desenfreamento do jornalismo, ele se tornou de um caráter duvidoso, que devido às irregularidades, cada vez mais, torna-se algo público e real no cotidiano das pessoas, abrangendo as classes tornando a notícia veiculada em algo duvidoso e contestável. Essas características que vem sendo adquiridas e a experiência tem levado a pratica jornalista a perder a sua referência de um jornalismo sério, a essência midiática é jogada por terra diante da banalização da noticia. Esse desenfreamento pela busca da audiência vai tratar a notícia e a informação como mera mercadoria, onde deveria ser mostrado apenas aquilo que se vende.

Inicia-se um jornalismo sem sentido ao ser comparado com seu significado original manchando as iniciativas éticas e comprometidas. A informação se tornou produto de primeira necessidade para o ser humano, as trocas de informação atingiram a necessidade de amplitude antes difíceis de imaginar e a notícia antes restrita e controlada pelo Estado, Igreja, tornaram-se bem de consumo.

Por Juliana Araújo
Escola Municipal Selma Bandeira

sábado, 8 de outubro de 2011

Se estenda...

Chegamos à segunda etapa. Momento de passar parte do que aprendemos na academia para nossas crianças, é assim que a chamamos carinhosamente, nossas crianças. E de certa forma o são. Não é de hoje que escutamos dizer que elas são o futuro da nação e como parte de uma sociedade formada por cidadãos nos sentimos um pouquinho responsáveis por parte desse futuro que pertence a todos nós.

Muito melhor do que ensinar é aprender junto, é aí que consiste a graça de tudo. A reciprocidade, o caminho de mão dupla, os quês e porquês, e tudo vai se construindo por várias mãos e todas as cabeças vão se complementando como lacunas que só são preenchidas quando se está junto.

Os olhinhos brilham quando se apresenta algo novo, não só os deles , os nossos também ao ver toda a curiosidade e disposição serem postas para fora. É envolvente estar se estendendo. Nada melhor do que a troca de experiência. Experimente. Isso... essa é a palavra, mais que isso, essa é a melhor forma de conhecer a si mesmo.

Por Pollyana Chicuta
Escola Municipal Frei Damião

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Ser criança

de Valdemi Cavalcante Teixeira

Ser criança é ser feliz!
É falar o que pensa
Sem pensar no que diz.
É assim de nascença,
Sendo eterno aprendiz!

É ser simples e bondoso,
É ter o dom de amar
E sempre ser carinhoso,
É gostar de brincar
E brincar bem gostoso!

É ser bem inteligente
Aprendendo tudo que vê.
E não sendo experiente
Tudo que ele quer
É ser criança eternamente!

É não ter ódio no coração,
É para o bem dizer sim
E para o mal dizer não,
É querer tudo e enfim
É viver com paixão!

É ter fé e esperança,
É ser grande sendo pequeno,
É ter a fala mansa
Quando quer ganhar terreno
No mundo de ser criança.


Enviada por Mariângela de Almeida
Escola Municipal Elma Marques Curti

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Balanço parcial de uma experiência

Ao trabalhar com extensão cria-se uma grande expectativa em relação a tudo o que está envolvido no projeto. Mesmo tendo os componentes do projeto pré-estabelecidos, dificilmente é possível prever os resultados quando passamos da teoria para a prática. E quando o público alvo de um projeto de extensão são crianças, várias são as possibilidades de desempenho, aceitação e resultados.

No momento em que o Programa Metamorfose Social entrou em cena, encontrou um grupo de crianças à espera de algo novo, de alguma coisa fora do cotidiano delas que viesse a ser diferente; elas esperavam por algo renovador... algo especial. E embora a nossa equipe não soubesse em que território estava pisando naquele momento, a vontade era de corresponder às expectativas daquelas crianças carentes (carentes de bens materiais, de atenção, de incentivos, de afeto).

A parte mais interessante do projeto foi, sem dúvidas, o contato com as crianças. Fomos recebidos de braços abertos, como se estivéssemos conhecendo novos amigos, e passaram a ser os nossos amigos mais novos. Cada novo encontro passou a ser um reencontro com uma turma que nos acolhe e espera comunicação em troca. E como eles gostam de comunicação! Cada nova atividade é uma experiência ímpar para crianças que tem intimidade com a comunicação.

O nosso tempo com a criançada é pouco, está longe de ser o ideal para explorar tudo aquilo que o projeto nos possibilita. Mas o que ficará dessa experiência será algo bem maior do que os relatórios são capazes de registrar. Assimilaremos experiências tão importantes que não conseguiremos ter a exata dimensão disso na hora em que elas acontecem, mas seus reflexos serão percebidos e lembrados. As visitas que fizemos, as atividades que aplicamos, os esforços que fizemos, não podem ser comparados ao carinho que deles recebemos. Fomos até eles para ensinar e voltamos como aprendizes de pequenos seres que nos ensinaram sem pedir nada em troca.

Escola Estadual Francisco de Melo

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Descanso, já!

Com as férias se aproximando, alunos planejam viagens e encontros para aproveitar o tempo livre e fazer tudo que no decorrer das aulas não era permitido pelas diversas responsabilidades, como simplesmente dormir horas a mais de um bom sono. Enfim, férias! Quanto tempo esperando por elas e um completo desespero para que o fim do ano venha logo. Um ano inteiro de cobranças, muita leitura, sacrifícios, já que quem estuda sabe que não é fácil, inclusive algumas noites de sono perdidas estudando para se obter boas notas e sem nenhum tempo para o lazer. Pois o tempo das boas novas chegou.

Muitos desses alunos saem em férias, outros ficam na cidade e planejam com os amigos o que fazer nesse tempo livre, já que estamos tão acostumados com a correria do dia a dia que até mesmo ficar em casa para descansar se torna entediante. E mesmo para quem fica sem opção do que fazer até o inicio do ano letivo, algumas escolas oferecem cursos, dinâmicas, gincanas educativas, a fim de passar para os alunos a oportunidade de conhecerem outras atividades, interagir com demais pessoas e permanecerem de mente fresca, sem muita pressão, pois não devemos nos esquecer que estamos em férias.

Até mesmo para os alunos que foram reprovados, chegou a hora de descansar e criar ânimo para encarar o próximo ano como “aluno repetente”, não se deixar esmorecer e vencer o sentimento de derrota. Bola pra frente! E para quem escolher a opção “fase de descontração” e permanecer no universo dos livros, é recomendável fazer algo para distrair a mente, algum esporte, visitar a família, conversar com amigos, ter sempre um método de fuga, afim de ter mente e corpo longe do estresse. E mais, não se esquecer do quanto é gostoso ser criança, por mais que tenhamos crescido, há sempre um lado infantil dentro de nós, e estimulá-lo em certas horas é fundamental. Nem só de juízo se faz o homem. Liberdade e responsabilidade são peças que se encaixam e se bem utilizadas, podem caminhar juntas.

Por Emanuele Santos do Amor Divino
Escola Municipal Selma Bandeira