terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Natal!

O Natal está chegando e nada melhor do que nesta data contar uma história sobre o nascimento do mesmo.

Bem no começo, o Natal era um feriado exclusivamente religioso. Comemorava-se a data escolhida para representar o nascimento de Jesus Cristo. Com o passar do tempo, toda a sociedade, mesmo aqueles que não são cristãos, passou a comemorar o Natal como uma data dedicada à família e ao espírito de generosidade.

Mas por que esse nome, Natal? Você já pensou nisso? Uma dica que pode solucionar o mistério é observar palavras parecidas. Uma pessoa que faz algo com muita naturalidade é um talento nato. E já ouviu dizer que alguém que nasceu no Brasil é um brasileiro nato ou nativo do Brasil?

Essas palavras (nato, natal) vêm do latim natalis, que significa referente ao nascimento. Por isso, Natal é o feriado relacionado ao nascimento. Assim fica fácil. Isso também explica por que aquela cena com o menino Jesus na manjedoura é chamada de natividade, porque é a cena do nascimento.

Feliz Natal a todos!!

Muita Luz!

Por Bruna Albuquerque
Escola Estadual Francisco Mello

domingo, 18 de dezembro de 2011

Última parada.

Nossa equipe esteve reunida na última sexta-feira (16) para finalizar os últimos detalhes de uma parte desses meses de visitas, de contatos, de alegrias. De sonhos realizados!

Chegamos a conclusão de realizar um trabalho como esse porque sabemos que eles merecem guardar a lembrança de tudo um pouco que fizeram para contribuir com o sucesso dessa Equipe e o sucesso desse Programa. Dessa ideia que pôde fazer com que cada membro desse grupo entrasse de um jeito e saísse de outro. Com os olhos mais abertos para as coisas da vida. Afinal, "(...) a importância do projeto, com certeza, não se deu apenas na vida das crianças".

É... Tá (quase) terminando. Mas... Será mesmo que esse é o fim? "(...) Gosto de pensar que não, talvez esse seja só o começo". O começo, justificável pela nossa líder (risos) - que bem disse essas palavras anteriores - de uma nova fase na vida de todos nós...

São muitas coisas, muitos acontecimentos... Não dá pra lembrar de tudo agora e relatar aqui. Mas... Como esquecer as visitas em que não obtivemos êxito e, em especial, aquela em que descobrimos que "(...) a moça que há pouco tempo havia sido morta da maneira mais cruel e brutal, que teve seus braços e cabeça decepados, era uma aluna da Escola Frei Damião." Foi um dia marcante, com certeza.

(...)

- E por qual razão você decidiu colocar o seu filho pra estudar aqui?
- "Pra que ele não tenha o mesmo final que eu".

Além, claro, de ouvir a realidade dita da forma mais direta possível: "A gente aqui luta contra a droga todo dia". E o relato de alguém que tem o contato com as pessoas da comunidade quase que diariamente... "Aqui é assim, tia, quem faz a lei são eles, os bandidos".

São momentos como esse em que chegamos a ficar sem saber o que falar. Em meio a uma troca de olhares, quem sabe rolasse um abraço ou coisa do tipo. Uma expressão de dúvida, assim como estamos agora, durante os momentos de lembrança e enquanto vamos digitando, aos poucos, o filtro da nossa experiência, pois... "(...) Ficarão em nossas memórias gravados instantes, que somente a gente poderá interpretar".

Isso é a extensão. É a Metamorfose Social.
Chegamos ao fim.

Gostaríamos, mais uma vez, de ressaltar o prazer que tivemos em poder participar dessa ideia e, assim, contribuir um pouquinho que seja com o desenvolvimento da mesma. "(...) Apesar dos contratempos, que são inevitáveis, foi uma experiência surpreendente."

A Equipe Frei Damião agradece.

* As "citações" colocadas no texto foram retiradas de algumas das nossas próprias postagens aqui no blog.

Por Equipe.
Escola Municipal Frei Damião

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Experiência pessoal

O principal objetivo da existência do Metamorfose é causar transformação na vida das crianças, levar a elas, através da comunicação, a oportunidade de sonhar e acreditar no sonho, temos o intuito de proporcionar uma nova visão de mundo para os pequenos, queremos que acreditem que sim, eles podem ir muito longe. Mas eu não gostaria de ressaltar apenas a impressão das crianças quanto ao programa, mas um pouco da minha experiência.

Esses últimos meses têm sido bem complicados pelo estresse e correria do cotidiano, o Metamorfose significou pra mim uma ‘salvação’, cada momento que passo com as crianças é um estímulo a mais para acreditar que, apesar dos problemas e de tantas circunstâncias contrárias apresentadas pelo mundo, como a pobreza, a desigualdade social, a intolerância e etc, temos motivos para continuar acreditando e lutando por uma realidade mais justa. Emociono-me cada vez que me ponho a conversar com algumas das crianças e conheço um pouco da realidade cruel em que vivem que muitas vezes é uma realidade de violência, de pobreza, desmotivação; e apesar de tantas situações difíceis e contrárias elas são fortes, porque carregam em si o brilho da inocência, da esperança, da força... Mais do que nunca tenho entendido e refletido o porque do cuidado que a sociedade deve ter com as crianças. São elas, quando crescem, que constroem as estruturas da sociedade, e só conseguem fazer essas construções a partir daquilo que lhe são oferecidos quando pequenos.

E nisso o Metamorfose tem sido eficiente e tem mostrado responsabilidade social, porque tem contribuído para a valorização da força e importância das nossas crianças, através do conhecimento dos meios de comunicação temos tentado levar as crianças motivação, valorização e carinho. Estar no Metamorfose junto aos pequenos é ter oportunidade de lutar por uma Alagoas mais igualitária, e isso não tem preço. Conhecer de perto a realidade das crianças tem me proporcionado ser uma pessoa mais reflexiva, grata a vida e com muito mais esperança na transformação da nossa sociedade, porque eu acredito nas nossas crianças, na sua força e que se todos olharmos para elas com um olhar de amor e cuidado estaremos cuidando do futuro do nosso país.

Por Rosiane Martins
Escola Estadual Francisco de Melo.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Futebol!

Futebol! Palavra mágica dentre os homens em sua maioria. Quando proferida todos voltam para ela toda a sua atenção e admiração. É incrível o poder influenciador do futebol, este que é tido como umas das identidades nacionais do nosso Brasil. Afinal, não é por menos que temos o melhor do melhor do mundo que é o eterno Rei Pelé.

Em geral, são domingos e quartas enfrente ao televisor, sem direito a piscar os olhos. Ou ainda, para aqueles que não largam mão de assistir no calor do estádio, presenciando pessoalmente todos os lances de uma partida.

Futebol! Assunto unânime dentro da sala de aula entre os meninos. Pergunta-se, o que vocês mais gostam de fazer? A resposta… já era de se esperar… "Jogar bola, tia!" Mais uma pergunta, qual a profissão que vocês querem seguir? Eles dizem Jogador de Futebol.

É num campinho de grama seca e de traves enferrujadas, que de segunda a sexta incansavelmente todos os dias que eles brincam e se divertem. A estrela de todas as partidas é uma bolinha velha, já aos trapos, apelando por aposentadoria!

É meio dia, estamos retornando para casa depois de finalizadas as atividades de mais um encontro. Algo chamou atenção. Um terreno enorme, temporariamente sem ninguém, com àquelas mil traves, fincadas no chão, ao sol…

E para finalizar, vamos com mais uma Partida de Futebol!

Skank – Partida de Futebol

Bola na trave não altera o placar
Bola na área sem ninguém pra cabecear
Bola na rede pra fazer um gol
Quem não sonhou ser um jogador de futebol?

A bandeira no estádio é um estandarte
A flâmula pendurada na parede do quarto
O distintivo na camisa do uniforme
Que coisa linda, é uma partida de futebol

Posso morrer pelo meu time
Se ele perder, que dor, imenso crime
Posso chorar se ele não ganhar
Mas se ele ganha, não adianta
Não há garganta que não pare de berrar

A chuteira veste o pé descalço
O tapete da realeza é verde
Olhando para bola eu vejo o sol
Está rolando agora, é uma partida de futebol

O meio campo é lugar dos craques
Que vão levando o time todo pro ataque
O centroavante, o mais importante
Que emocionante, é uma partida de futebol

O goleiro é um homem de elástico
Só os dois zagueiros tem a chave do cadeado
Os laterais fecham a defesa
Mas que beleza é uma partida de futebol

Bola na trave não altera o placar
Bola na área sem ninguém pra cabecear
Bola na rede pra fazer um gol
Quem não sonhou ser um jogador de futebol?

O meio campo é lugar dos craques
Que vão levando o time todo pro ataque
O centroavante, o mais importante
Que emocionante, é uma partida de futebol!


Por Viviane Araújo
Escola Municipal Selma Bandeira

sábado, 10 de dezembro de 2011

"Ao Metamorfose, com Carinho"

Na última visita feita a Escola Frei Damião, uma das alunas mais participativas do programa chegou perto de mim (e da Keren) e perguntou:

"É verdade que eu saí do projeto?"

A gente se olhou de forma surpresa e, em seguida, respondeu:

"Não, quem te disse isso?

Um certo desespero em seu olhar que na sequencia se tornou em alívio fez com que eu parasse pra pensar e perceber, mais uma vez, a importância desse programa na vida desses pequenos.

Quando decidi embarcar nesse projeto, realmente, não poderia imaginar o que estava por vir. E nem o que poderia acontecer. Lembro até hoje do quanto estava nervoso com a primeira visita que iria fazer àquele colégio. Praticamente, um outro mundo. Um mundo novo. E que mundo, viu?

A importância do programa, com certeza, não se deu apenas na vida deles. Na minha vida, por exemplo, chegou como uma bênção. Não tenho palavras exatas para agradecer a oportunidade que tive de ingressar no Metamorfose. Já dizia o sábio: tudo o que é bom dura pouco. Pois é. Os dias passaram, os meses, tudo. E eu só tenho a agradecer pela oportunidade que tive de poder doar um pouco de mim a essa ideia maravilhosa.

A cada terça-feira de visita, a cada abraço apertado, a cada sorriso, a cada expressão de aprovação e felicidade com o que era apresentado, a cada demonstração de carinho que fez com que eu me reinventasse cada vez mais, aos meus mais novos sobrinhos dos quais pretendo levar comigo para sempre com muito carinho e, claro, a minha equipe Frei Damião, né... Não posso deixar passar em branco. Meninas, queridas... Vocês são demais. Contem comigo sempre!

E muito obrigado por tudo!

Por Deriky Pereira
Escola Municipal Frei Damião

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Educomunicação na Escola

Eu escolhi um texto que explica bem uma linha de estudo na área da Comunicação que tem tudo a ver com o que nós do Programa Metamorfose Social estamos vivendo. Podemos comparar o texto com a teoria e o Programa com a prática.

Espero que gostem queridos leitores!

Com a presença cada vez maior dos meios de comunicação social de massa nas nossas casas, foi possível compreender que a formação das pessoas não é mais uma tarefa exclusiva da família e da escola, tampouco de pais e professores.

O rádio e a televisão, em especial, influenciam muito na maneira que pensamos, sentimos e nos comportamos. Podemos afirmar até que esses dois meios de comunicação funcionam como uma espécie de escola paralela, porque ensinam, o tempo todo, para toda população, as coisas que precisamos querer comprar, o que devemos considerar bonito ou feio, o sotaque que devemos adotar, a quem devemos admirar ou rejeitar, as opiniões que convém termos sobre este ou aquele assunto.

Ou seja: a Comunicação tem uma relação muito forte e direta com a Educação. As relações entre essas duas ciências vêm sendo chamadas de Educomunicação, um campo novo do conhecimento, bastante singular.

A escola é um dos tantos espaços em que a Educomunicação pode acontecer. Os professores podem, por exemplo, promover atividades de leitura crítica que tenham como objetivo esclarecer como os meios de comunicação distorcem os fatos, para atender aos interesses de alguns grupos. Pode também oferecer condições para que, além de aprender a ler textos midiáticos, os alunos aprendam a produzir suas próprias mensagens.

Como entender o que é educomunicação, a partir dessas possibilidades? Vejamos: quando propomos que os alunos produzam comunicação na escola, estamos oferecendo oportunidade para que eles aprendam a expressar com maior desenvoltura o que pensam e sentem sobre temas de seu real interesse. Para conseguir dar conta dessa tarefa, eles terão que aprender a dominar timidez, confiar em si mesmo, usar as palavras de forma competente, além de passar a escutar com mais atenção o que eles e seus companheiros dizem.

Além disso, para conseguirem se comunicar com o público, não basta falar bem. O êxito da comunicação muito dependerá da qualidade técnica do trabalho. Para isso, os estudantes terão que aprender a usar adequadamente mesa de som, microfones, gravadores, computadores, câmeras de vídeo e fotografia, entre outros equipamentos.

Quando Educação e Comunicação se cruzam, assim, desse jeito, estamos realizando o que propõe a Educomunicação. Estamos formando os mais jovens para usar a comunicação como uma ferramenta poderosa para transformar sonhos em realidade, para contribuir para que cresçam altivos, autônomos e com capacidade de transformação, intervindo diretamente na realidade em que vivem.


Por Itamara de Almeida
Escola Estadual Francisco Mello

É bom ser criança!


É bom ser criança,
Ter de todos atenção.
Da mamãe carinho,
Do papai a proteção.
É tão bom se divertir
E não ter que trabalhar.
Só comer, crescer, dormir, brincar.
É bom ser criança,

Isso às vezes nos convém.
Nós temos direitos
Que gente grande não tem.
Só brincar, brincar, brincar,
Sem pensar no boletim.
Bem que isso podia nunca mais ter fim.

É bom ser criança

E não ter que se preocupar
Com a conta no banco
Nem com filhos pra criar.
É tão bom não ter que ter
Prestações pra se pagar.
Só comer, crescer, dormir, brincar.

É bom ser criança,

Ter amigos de montão.
Fazer cross saltando,
Tirando as rodas do chão.
Soltar pipas lá no céu,
Deslizar sobre patins.
Bem que isso podia nunca mais ter fim.

Toquinho

Por Viviane Araújo
Escola Municipal Selma Bandeira

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Obrigada...

Nossa! Como passou rápido... Já estamos na etapa final da realização do nosso projeto. Ou será que não? Será mesmo que é o final? Gosto de pensar que não, talvez esse seja só o começo. O começo de uma futura vida profissional, carregando na bagagem algumas pequenas e doces experiências. Isso sim justifica a extensão, não necessariamente uma experiência acadêmica, mas a oportunidade de experimentar... compartilhar... conhecer pessoas que marcam nossas vidas, ah, as marcas! Essas sim são as que com certeza ficam.

É... eu sei, essa conversa tá meio sentimental, mas é que até mesmo a extensão tem seu lado emocional. Não quero aqui fazer parecer uma despedida, como já disse esse é só o começo, mas é nesse clima que gostaria de agradecer a algumas pessoas especiais que estão sendo parte fundamental desse processo: Deriky Pereira, Elaine Gonzaga, Keren Fonseca e Nathália Calazans. Pois é, os membros (mais pacientes e dedicados, impossível) da equipe Frei Damião. Agradeço pelo belo trabalho que está sendo realizado, superando juntos os obstáculos, as distâncias e tudo o mais que poderia pôr em risco a concretização dos nossos objetivos.

Descobrir, se surpreender e construir juntos, não só parte de um projeto, mas também uma bela amizade que vou carregar sempre comigo. Tias e tio de pessoinhas que a cada semana nos ensinam algo especial. É mais do que um prazer, é contagiante trabalhar com vocês.

Por Pollyana Chicuta
Escola Municipal Frei Damião

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Reta final

Estamos já em nossa terceira etapa do Programa Metamorfose Social, etapa esta onde as crianças irão gravar programas de rádio, documentários. Uma escola trabalha stop motion, outra analisa o cotidiano das crianças ou a vida deles diante da escola. Cada equipe que compõe o programa dá o melhor de si para que as crianças terminem o esse período tendo algo positivo em suas vidas, temos a esperança que sermos o detalhe na vida de cada um para que desejem um futuro melhor.

Em cada visita que fazemos nós percebemos a empolgação de cada um perante um assunto que não conhecem, uma explicação que temos que dar duas ou três vezes para que eles compreendam, é algo muito interessante, em cada visita acontece algo diferente, eles aprendem coisas novas, se sentem mais curiosos, sentem sede de conhecimento, e talvez a transformação aconteça sem nem mesmo percebermos.

O tempo passa muito rápido, parece que foi ontem que estávamos procurando uma escola para podermos trabalhar, hoje olhamos para traz e já vemos a quantidade de visitas que fizemos a Elma Marques Curti, as amizades que já conquistamos a sementinha de conhecimento que plantamos em cada criança, o tempo passa é claro e o fato é que daqui a um pouco já teremos que nos despedir. A nossa equipe junto com as crianças e a professora fizemos uma visita a UFAL na semana passada, já estamos quase no dia de gravarmos o programa de rádio, depois já daremos continuidade ao estudo sobre documentário e assim por diante.

Daqui a algum tempo não teremos mais crianças com as quais trabalhar, não teremos que ir mais ao Bio, não teremos mais mini pessoinhas para nos perguntar o que é isto e o que é aquilo. A verdade é que em mim já bate uma saudade, pois o programa metamorfose social nos levou a um novo mundo, onde temos não só que aprender, mas também temos que nos preocupar com o que ensinar.

Por Mônica Santos
Escola Municipal Elma Marques Curti