quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Comunidade

O conceito de comunidade é algo que beira a utopia de uma convivência perfeita e harmoniosa entre todos nós, pobres mortais. O “Círculo aconchegante” formado por ela, nossa comunidade, é algo que nos cerca, nos absorve e, principalmente, nos mantêm vivos, nos fazendo feliz.

Esse conceito de “círculo aconchegante” que capta um tipo de união ingênua entre humanos, pode ser bem empregado no círculo escolar encontrado na Escola Elma Marques Curti, escola essa que pode ser considerada um modelo para a comunidade do Benedito Bentes.


Voltamos assim para o termo Comunidade, empregado dessa vez para designar um bairro da cidade de Maceió, que pode ser designado como uma comunidade, pois lá encontramos uma identidade de bairro bem forte e marcada, conhecida por todos os maceioenses. Ao ouvir alguém falar do “Biu”, quem não o conhece e até mesmo alguns que o conhecem pouco, pode por vezes se assustar e ser preconceito perante os moradores da localidade. Contudo, no Benedito Bentes, encontramos um entendimento compartilhado pela maioria dos moradores da localidade, uma cultura própria, o que é característico de uma comunidade.


Na Escola Elma Marques Curti, nós encontramos um círculo aconchegante formado pelos professores e pais para os alunos, em especial pela Professora Amélia e pelo Diretor Roberval, como também por todos os demais componentes da Escola. Mas, me refiro em especial aos dois, pela proximidade e pelo apoio que deram ao Programa Metamorfose. Contudo, na escola, encontramos aquele aconchego tão característico de algumas escolas que realmente se importam com seus alunos e sua educação. Lá, podemos ouvir os gritos de “Oh Tia, terminei a tarefa. ‘Tá’ certo?”, podemos ouvir lá também o relato preocupado de uma professora que se faz presente na vida de seus atuais e também de seus antigos alunos. Relatos sobre a crescente violência que atinge e aflinge todos nós.


Enfim, no “círculo aconchegante” do Elma Marques Curti, (re)encontrei uma criança que a muito eu não via, aquela que grita “Oh Tia” e aquela tia que responde também gritando, mas com todo carinho “Que é minino?”. Encontramos naquela escola pouco espaço físico, mas parece que isso não é problema, e sim, uma forma de unir quem lá vive, uma coisa que pode até parecer utopia, mas que pode ser conquistada: uma comunidade.


Por Mariângela Martins
Escola Municipal Elma Marques Curti

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