quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Exclusão social

Se sentir oprimido, excluído, isolado do mundo. Antes o que era “rotulado” como preconceito, hoje recebe o nome de bulling, o que também não deixa de ser uma forma de preconceito. O bulling não escolhe faixa de idade, cor, religião, e quem o recebe pode levar consigo toda amargura de momentos dolorosos para o resto da vida.

Quando crianças, somos levados a crer que para ser aceito na sociedade é preciso ser branco, que gordo não pode fazer certas coisas, quem é bonito pode tudo. A criança tem toda a inocência, nasce sem vínculos taxativos da sociedade, não escolhe com quem vai brincar, ela apenas faz suas primeiras escolhas sem apontar a quem e o porquê.

Mas, a forma de se receber bulling não fica apenas no ato de ser rejeitado, a agressão verbal e física também entram em questão. Quantos jovens são apontados, humilhados, lixados pelo fato de serem diferentes e quantos mais vão entrar para essa lista? Desde quando a expressão bulling se popularizou, o rótulo “homofobia” o vem acompanhando.

Certo dia, dois jovens que saiam de uma boate foram agredidos por serem suspeitos de ser um casal gay. Outro rapaz foi surrado com uma lâmpada fluorescente sem maiores motivos. E o mais assustador, o caso de pai e filho que estavam andando abraçados na rua foram indagados se seriam um casal, os mesmos responderam que não, porém os agressores voltaram e começaram as sessões de agressões físicas e verbais. Então, um pai não pode mais abraçar um filho na rua? Ser negro, mulher, analfabeto, deficiente físico, nordestino, homossexual é símbolo de vergonha para os demais da sociedade que se dizem perfeitos? A diversidade das escolhas, gostos e dizeres estão liberadas, viver com quem e como se gosta.

E mesmo com as autoridades fazendo leis para informar que toda forma de preconceito é crime, eles não morrem por si só, aí eles estão, em toda parte, contido dentro de cada um de nós. Resta-nos a boa educação, tornamo-nos civilizados, ter respeito pela opção e diferença do próximo afim de assim garantir o nosso respeito, e não se oprimir diante de qualquer situação vexaminosa, se impor e mostrar a verdade, fazer valer o livre arbítrio.

Por Emanuele Santos do Amor Divino
Escola Municipal Selma Bandeira

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