segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Ética e Espectacularização da Notícia

A Ética é sempre um tema recorrente nas discussões que envolvem a mídia. Podemos dizer que não existe um jornalismo, cem por cento, ético. Infelizmente, não há um senso crítico, que faça com que as programações e a informação tenham um caráter ético. Sendo assim censuradas e banidas devido à pressão da população, porém, em contrapartida, também é a própria população que consome esse tipo de produto da mídia com um senso crítico embotado, que por vezes se manifesta pela superficialidade.

O Código de Ética dos Jornalistas é desrespeitado todos os dias em nosso país, pela grande parte dos programas exibidos, onde ridicularizam as pessoas e não tendo respeito à imagem do outro. Diferentemente dos Direitos Humanos que diz que todos nós somos iguais, independente, de raça, cor, sexo, etc.

E cadê a Ética, será que ela existe? Ter acesso as informações é uma necessidade social, devido ao sentido de viver em sociedade e estar em contato com as pessoas, noticias, fatos. Sabemos que para produzir um programa não é fácil. Ás vezes, a preocupação está focada em chamar a atenção do público não bastando, apenas, apresentar a informação.

A notícia é banalizada, é espectacularizada, é quase um terrorismo. Visando o sucesso, porém, não podemos permitir que as emissoras de televisão façam jogo baixo para aumentar seus faturamentos, focando somente o lucro. Cadê o profissionalismo?

A Ética do jornalismo tem o foco de dar a informação sem interferências maiores do jornalista ou da empresa, dar a notícia, usando as práticas legais, isso chama jornalismo. Mas com o passar dos tempos, surgiu a uma nova metodologia jornalística, que confunde a essência real a que se propõe o jornalismo. Esta dá espaço à busca desenfreada de audiência, atropelando os índices básicos e noções de respeito, caráter, ética e qualidade, midiática, tornando-se um jornalismo chulo, fora do seu original.

Com esse desenfreamento do jornalismo, ele se tornou de um caráter duvidoso, que devido às irregularidades, cada vez mais, torna-se algo público e real no cotidiano das pessoas, abrangendo as classes tornando a notícia veiculada em algo duvidoso e contestável. Essas características que vem sendo adquiridas e a experiência tem levado a pratica jornalista a perder a sua referência de um jornalismo sério, a essência midiática é jogada por terra diante da banalização da noticia. Esse desenfreamento pela busca da audiência vai tratar a notícia e a informação como mera mercadoria, onde deveria ser mostrado apenas aquilo que se vende.

Inicia-se um jornalismo sem sentido ao ser comparado com seu significado original manchando as iniciativas éticas e comprometidas. A informação se tornou produto de primeira necessidade para o ser humano, as trocas de informação atingiram a necessidade de amplitude antes difíceis de imaginar e a notícia antes restrita e controlada pelo Estado, Igreja, tornaram-se bem de consumo.

Por Juliana Araújo
Escola Municipal Selma Bandeira

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